Correio Central
Voltar Notícia publicada em 24/02/2015

Micros e pequenas empresas de Rondônia lideram ranking de compras públicas

As empresas fixadas em Rondônia tiveram seus contratos firmados totalizando RS 1,59 bi, gerando 57,6 por cento dos contratos, enquanto que empresas de outros estados totalizaram RS 1,17 bi. Isto, segundo o superintendente, favorece a economia regional, “criando empregos e outros impostos, fazendo co

Durante os anos de 2011 a 2014, foram realizadas pela Superintendência de Licitações do Estado de Rondônia, 2.973 licitações, sendo que destas, 74% na modalidade de pregão eletrônico (2.214), que acabaram por resultar numa economia de R$ 1,03 bilhão, ou 27,6% dos contratos adjudicados, além de dar transparência no setor público.

 

As empresas fixadas em Rondônia tiveram seus contratos firmados totalizando R$ 1,59 bi, gerando 57,6% dos contratos, enquanto que empresas de outros estados totalizaram R$ 1,17 bi. Isto, segundo o superintendente, favorece a economia regional, “criando empregos e outros impostos, fazendo com que o dinheiro circule no estado”.


Outro fator positivo é participação das Micros (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), que contrataram cerca de R$ 1,03 bi, representando 37,5 % dos contratos, “enquanto que a média nacional é de 25%”, afirma Marcio Gabriel. A participação das médias e grandes empresas chegou a R$ 1,72 bi, representando 62,5% dos contratos.

 

Desta participação das ME e EPPs a participação de empresas fixadas em Rondônia chegou a R$ 649 milhões, representando em 2012 R$ 237 milhões, em 2013 R$ 207 milhões e em 2014 R$ 204 milhões.

 

A superintendência teve um orçamento de mais de R$ 20 milhões para gerir nos últimos quatro anos os 2.973 procedimentos licitatórios, num custo médio de R$ 6.971,86. Valor abaixo da média nacional que é de aproximadamente R$ 9 mil. A cada R$ 1,00 investido da Supel, retorna em economia para o estado R$ 49,93. Este, segundo o superintendente da Supel, Marcio Gabriel, “um dinheiro que se deixa de gastar, o que mede a eficiência do órgão público”.

Marcio Rogerio Gabriel, superintendente da Supel

Marcio Rogerio Gabriel, superintendente da Supel

Todos os projetos básicos são criados pelas assessorias técnicas de cada secretaria, cabendo a Supel o desenvolvimento do processo licitatório. “Não licitam pela Supel apenas o Detran e a Caerd e o programa Pidise”, explicou, complementando que a parte do contrato e pagamentos são realizados pela secretaria.

 

Esta transparência e economicidade para com o bem público acabou rendendo um prêmio a Supel pelo Congresso de Informática e Inovação na Gestão Pública, Conip, informou Marcio.

 

Dentre as secretarias com maior número de licitações estão a Secretaria de Saúde (Sesau) com 561 licitações nos últimos quatro anos. O Departamento de Estradas e Rodagens (DER), com 531 licitações e a Secretaria da Educação (Seduc) com 399 licitações no período, o que demonstra-se pelos números que estas foram as secretarias mais acionadas pelo governo no período e as que mais trabalharam, informou Gabriel.

 

PREGÕES ELETRÔNICOS

Para o superintendente Márcio, os pregões eletrônicos geram economia, segurança e transparência no transcorrer do processo licitatório, tanto que representaram nestes quatro anos 91,1% ou 2.214 são nesta modalidade. Os pregões presenciais representaram 214 processos.

Os pregões eletrônicos representaram contratações da ordem de R$ 404 milhões em 2012; R$ 438 milhões em 2013 e, no ano de 2014, R$ 564 milhões, totalizando a importância de R$ 1,4 bilhão em três anos.

 

O pregão eletrônico se mostra a modalidade mais eficaz e econômica para o estado. Nos últimos três anos, a economia geral dentre todas as modalidades, chegou a 27,6%,  enquanto que o pregão presencial atingiu 25,2% e o pregão eletrônico, onde podem participar empresas de todo o país via internet, chegou a 35,9%.

 

Outro fator importante, segundo a Supel, demonstra que as empresas regionais vencem mais quando o processo se dá via internet. As empresas do estado tiveram contratos firmados na ordem de R$ 747 milhões (53,2% dos contratos), enquanto que as empresas de outros entes federativos tiveram contratos de R$ 658 milhões.

 

REGISTROS DE PREÇOS

Outra modalidade de licitação é a Ata de Registro de Preços, que permite ao ente público realizar a cotação de preços sem efetuar a compra. Segundo Marcio, “é um compromisso entre governo e fornecedor para no momento em que se necessite do produto é só fazer a ordem de fornecimento e ou empenho”.

 

Com a ata se evita, por exemplo, o estoque de produtos em grande quantidade, reduzindo-se custos para o estado de armazenamento, de pessoal para guarda dos materiais e também evita-se que produtos percam a validade. Foram realizadas 708 atas de registro de preços de 2011 a 2014.

 

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Texto: Geovani Berno
Fotos: Esio Mendes

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