Correio Central
Voltar Notícia publicada em 14/09/2018

Adolescentes confessam assassinato de professora e se dizem "psicopatas", em MS

O corpo de Maria Ildonei Lima foi encontrado no chão da cozinha, de bruços e com o crucifixo nas costas.

Dois adolescentes, de 17 anos, foram apreendidos suspeitos do assassinato da professora e ex-diretora da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) Maria Ildonei Lima, de 70 anos, encontrada morta na casa em que morava no Jardim Leblon, em Campo Grande, na noite do dia 1º de setembro. A dupla se intitula "psicopata". Um dos suspeitos deles é familiar da vítima, mas o grau de parentesco não foi informado pela polícia.

A investigação estava sendo conduzida pela 6ª DP (Delegacia de Polícia), localizada no Jardim Tijuca. De acordo com o delegado Giuliano Biacio, uma faca de açougue foi utilizada para matar a professora com golpes no pescoço e no abdômen. O corpo de Maria Ildonei Lima foi encontrado no chão da cozinha, de bruços e com o crucifixo nas costas. Os celulares da vítima foram encontrados embaixo do sofá da sala, quebrados e sem bateria.

Eles contaram a polícia que no dia 31 de agosto um deles avisou o outro que "acordou com vontade de matar" e conversaram sobre o assunto durante o dia. Por volta das 18h30, foram até a casa da vítima e passaram cerca de uma hora conversando com ela. O primeiro adolescente golpeou a vítima com a faca no pescoço e posteriormente o jovem que tem familiaridade com Maria Ildonei pegou a mesma arma para atingi-la no abdômen.

Ex-diretora da Fetems encontrada no Leblon foi morta com crucifixo, arma usada no crime foi deixada em cima do corpo da vítima

Segundo a polícia, a dupla ainda gravou a data do crime, 31/08, em duas taças com o próprio sangue da vítima. Depois seguiram para a casa de um deles, onde trocaram de roupas e foram para o shopping.

Os dois foram apreendidos hoje e já foram encaminhados para a Unei (Unidade Educacional de Internação) do Jardim Los Angeles. A dupla contou ainda que limpou o local do crime com água sanitária e detergente para tentar remover as digitais do local do crime.

A polícia descartou o crime de latrocínio. Conforme o delegado, a vítima tinha alguns hábitos, como trancar a porta. Eles saíram da casa e deram uma volta na chave, levando a polícia a desconfiar de que os assassinos conheciam a rotina da idosa.

Com eles foram apreendidos facas, revistas, e máscaras que foram levadas para o dia do crime, porém não foram utilizados. A polícia chegou ao familiar da vítima através de testemunha que viu ele saindo da residência. Um deles confessou o crime para os pais e levaram o rapaz para a delegacia. O adolescente familiar da idosa apontou ainda que a vítima tinha um desentendimento com a mãe dele, porém, segundo a polícia, a briga era antiga, mas não havia relevância para cometer o crime.

Por: Geisy Garnes e Miran Machado

Fonte: Campo Grande News

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