O presidente do STPMOP, Delisio Fernandes, afirmou em discurso na tribuna da Câmara que a adesão a paralisação está aumentando, e já são 129 professores em greve esta semana. O dirigente pediu ajuda aos vereadores para intermediar com o Executivo o diálogo para por fim a greve na educação municipal.
De acordo com Delisio, após a proposta do prefeito de conceder 10% para os professores em outubro divulgado na semana passada, o Sindicato fez a contraproposta do aumento de 12%, mais a gratificação de R$ 400 para professor que leciona 40 horas; R$ 300 para professor com 25 horas e R$ 200 para professor com carga de 20 horas.
Embora a administração já tenha declarado que não existe possibilidade de conceder aumento nessa proporção, o dirigente insiste que a categoria quer mais, e geralmente contesta os números apresentados pelo prefeito.
Delisio pediu na Câmara que os vereadores ajudem a corrigir a distorção que vem ocorrendo desde 2011, quando a partir da aprovação do piso nacional um professor de nível superior passou a ganhar menos que o de nível médio. “Que os vereadores busquem uma solução e chamem o prefeito, que tem a comissão de negociação”, convocou.
A professora Flávia, que em 2012 foi candidata a vice-prefeita pelo PT, também usou a tribuna da Câmara para declarar apoio a manifestação, pedir mais fiscalização por parte dos vereadores e defendeu a Gestão Democrática nas escolas municipais.
À medida que a greve avança, existe a possibilidade de o prefeito decretar a qualquer momento a paralisação das atividades nas escolas municipais, em função das baixas de professores nas salas de aula.
A Secretaria Municipal de Educação (SEMECE) está mantendo o serviço de transporte escolar para as escolas que estão funcionando ao custo diário de R$ 12.489,22, e se a greve continuar poderá gerar mais prejuízos.
Fonte: www.correiocentral.com.br/ER