Correio Central
Voltar Notícia publicada em 28/07/2013

Sindicato anuncia que a greve não para; escolas fechadas continuam paradas por mais uma semana

A administração não cedeu os 2% a mais nos vencimentos, que os 10% oferecido nas negociações anteriores, e a entidade não considera o Parecer do Procurador do MP suficiente para tornar a greve ilegal. Se a prefeitura ganhar será descontado os dias parados do grevista

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais Delísio Fernandes, afirmou na tarde desta sexta-feira, 26, que a greve na educação municipal vai continuar, provavelmente por mais uma semana.


A administração não cedeu os 2% a mais nos vencimentos, que os 10% oferecido nas negociações anteriores, e a entidade não considera o Parecer do Procurador do MP suficiente para tornar a greve ilegal.


O dirigente da entidade disse também que o Desembargador Oudivanil de Marins, relator da ação de Dissídio Coletivo de Greve que tramita no TJ/RO, expediu oficio para o STMOP e a prefeitura, dando prazo de 5 dias para que as partes cheguem a um consenso.


Já o chefe de gabinete da prefeitura, Moizaniel Pereira Niza, afirmou que o relatório não é bem isso, e que ele solicita informações acerca do andamento das negociações. Delísio disse que o movimento grevista aumentou, mas a outra parte acredita que são professores que acreditavam que haveria um desfecho e a paralisação ia acabar.  


Segundo Delísio Fernandes, os professores em greve vão continuar de braços cruzados até que o TJ julgue o Dissídio, e se houver avanço nos próximos 5 dias úteis a situação poderá mudar, após ser realizada outra assembleia geral.

O Sindicato deflagrou a greve após não conseguir nas negociações com a administração o pleito principal que é a dispersão salarial de 20% em relação aos profissionais de Magistério; a Gestão democrática nas escolas municipais; progressão de 2% aos servidores técnicos administrativos, horário corrido de 6 horas nas unidades escolares; Plano de carreira unificado na educação e inicio do ano letivo escolar no inicio de fevereiro.


A prefeitura não cedeu a tudo que o STMOP pretendia, mas um novo capítulo teve inicio a partir da proposta de vereadores feita na sede da entidade, de fechar a pauta de votação na Câmara Municipal até o problema ser resolvido. Já se passaram mais de um mês, e mesmo vereadores tendo se envolvido na questão, feito reuniões com a comissão e o sindicato, nada mudou.


Se a prefeitura ganhar, os dias parados dos servidores, que recebem salário normalmente até que seja julgada a greve, serão descontados. Quanto à reposição das aulas perdidas pelos alunos sem aulas, será resolvido após o julgamento do Dissídio.  

 

Autor: www.correiocentral.com.br/Edmilson Rodrigues

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