O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais (STPMOP) Delisio Fernandes não compareceu a Sessão Ordinária desta segunda-feira na Câmara Municipal, para fazer frente à vigília que os profissionais da educação em greve estão encampando a fim de forçar os vereadores a manterem a pauta “trancada” como vinha cumprido um grupo de vereadores há 21 dias. Quase ninguém apareceu, o público descontando dois assessores de vereadores, um senhor de boné, dois jovens pode ser contado numa foto publicada nesta matéria.
Duas professoras em greve até tentaram defender o presidente do Sindicato e afirmaram que ele irá dar uma explicação convincente, mas o representante do Sintero regional, que prestou apoio a categoria em greve da educação municipal, e chegou a convencer alguns colegas professores lotados no Estado a fazer passeata nas ruas para reivindicar aumento para os municipais, deixou bem claro a desconfiança: “Ele vai ter que matar um parente de primeiro grau pra justificar esse sumiço”.
A frase impactante do experiente sindicalista do Sintero veio quando ele tomou conhecimento que Delisio almoçou com um dos vereadores aliados de primeira hora do prefeito, num restaurante chique da cidade, e depois disso seu telefone permaneceu desligado durante boa parte da parte, e à noite até o fim da sessão continuava desligado.
Professores que vem promovendo o levante contra a administração em nome do sindicato ficaram ligando para o celular de Delisio da parte de fora da Câmara para informar do inicio da sessão, e todos puderam certificar que o telefone dele estava desligado.
A grevista que é membro da comissão de negociação, e utiliza uma máquina fotográfica se identificando como fotógrafa da CUT, não convenceu a reportagem do site correiocentral ao dizer que Delisio tinha se ausentado por problemas particulares.
Quatro jovens que levaram um cartaz de apoio aos professores em greve ficaram revoltados, e uma jovem que confeccionou um cartaz e afirmou que foi estimulada por Delisio no restaurante por volta de meio dia a ir protestar na Câmara, desabafou: “Eu acho isso uma palhaçada, ele me disse que ia estar aqui”.
Como perguntar não ofende, como é que fica a situação das centenas de crianças e adolescentes que ficaram sem aulas por mais de 1 mês?
E os professores que decidiram continuar em sala de aula e sofreram pressão dos colegas parados, alguns foram até ofendidos por grevistas mais empolgados?
A sessão ocorreu normalmente, e sobre a greve nada foi dito. Os vereadores anunciaram o recesso parlamentar, confraternizaram com seus colaboradores, e o grupo que se dirigiu à Câmara serviu de público da despedida.
Fonte e fotos: www.correiocentral.com.br