Prefeito reúne diretores, anuncia férias escolares para 8 de julho e diz confiar na Justiça

O prefeito Alex Testoni se reuniu ontem com a coordenação da Secretaria Municipal de Educação (Semece) e os diretores das escolas municipais para informar que vai decretar férias escolares dia 8 de julho, com paralisação geral de duas semanas, e também discutiu sobre a greve na educação municipal que foi deflagrada há 17 dias pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais (STPMOP).

As férias serão de 15 dias, e nesse período a prefeitura vai fazer a revisão da frota de embarcações escolares. Sobre a greve, o prefeito alegou que já declarou ao Sindicato que a prefeitura não pode conceder o aumento pretendido por eles, em razão do limite prudencial estar extrapolado. “Qualquer ato nosso nesse sentido será considerado nulo, eu expliquei nas reuniões, na audiência no fórum, essa é a nossa realidade e estou confiante na Justiça”, disse, ao alegar que vai aguardar a decisão do Tribunal de Justiça do Estado, quanto à legalidade ou não da paralisação.

As aulas paradas terão de ser repostas, porque o ano letivo é de 200 dias, independente de quando começa e termina. A greve na educação municipal está chegando à terceira semana.

 Na reunião, a Semece apresentou aos diretores números que contradizem com a informação do Sindicato Municipal, e informou que até a quinta-feira 93 professores estavam parados.

A prefeitura faz cálculos da greve em cima de 391 profissionais efetivos, entre professores, coordenadores pedagógicos e o pessoal de suporte, e calcula que a adesão a paralisação é de menos de 30%, com base no montante pago na folha. Já o Sindicato anuncia 127 grevistas, incluindo na soma o pessoal de apoio.

A prefeitura informou que na zona rural as aulas do pré-escolar e do primário (1º ao 5º ano) estão funcionando 100%, a exceção dos alunos de ginásio de 6º ao 9º ano, que lecionam no período vespertino que está totalmente parado. As escolas Maracatiara, Manoel Santos e 22 de Dezembro, de alunos do pré ao 5º ano, estão funcionando apenas no período da manhã.

Na escola Benjamim Constant, do bairro Aeroporto, apesar da paralisação da equipe pedagógica e de 8 professores, as aulas funcionam normalmente nos períodos matutino, vespertino e noturno.

Na Escola Fernando de Azevedo, do bairro Novo Horizonte, a paralisação é de quase 100%, apenas uma turma do 4º ano está recebendo aulas, porque a professora é cedida por outro município e continua lecionando. Na escola Edna Carioca que tem 23 turmas e está com 9 professores em greve, 50% está em atividade.

Autor: www.correiocentral.com.br