CEEJA de Ouro Preto do Oeste forma três turmas do Ensino Médio

O Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA) professor Antonio de Almeidam  realizou na noite de segunda-feira (4) a cerimônia de formatura de três turmas de alunos que concluíram o 3º ano do curso de Ensino Médio Supletivo.

Num clima de muita felicidade e o sentimento de uma conquista que, embora atrasada, não é tardia para quem vai à luta e sonha voos mais altos, em torno de 90 alunos receberam o diploma de conclusão das mãos de professores e convidados.

Os professores capricharam na despedida, e fizeram algumas homenagens com demonstração do quanto os alunos foram valiosos enquanto conviveram com eles num ambiente sedimentado pela amizade, fraternidade, respeito e o esforço mútuo de chegar ao final da jornada. Ainda na primeira etapa da cerimônia, o clima da saudade eternizada pelos bons e dificultosos momentos vividos durante o período de convivência e aprendizado, tomou conta de todos.

Cada professor ou ex-aluno, que fez uso da palavra, fez questão de exaltar o quanto foi importante vencer essa etapa que, por uma razão ou outra, não pôde ser completada no período de estudos da juventude. Entre os formandos, muitas histórias de vida se cruzaram no CEEJA e, a partir do momento que receberam o diploma, eles tiveram a certeza de que ainda escreverão novos capítulos no livro da vida de agora em diante.

SUPERAÇÃO

Um exemplo é a determinação do aluno Amado José Cardoso, de 47 anos, o mais velho entre os formandos, que reside no Jardim Aeroporto, à Avenida Gonçalves Dias. Amado estudou até a 5ª série na cidade de Itamarajú, na Bahia, e foi reprovado. Quando iria repetir a série perdida, Amado deixou a escola em Itamarajú para se mudar para Rondônia, aos 19 anos.

Já casado pela segunda vez, e pai de dois filhos, perto de completar 40 anos ele decidiu continuar os estudos e concluiu o ensino fundamental no CEEJA de Ouro Preto, mas por problemas de saúde novamente suspendeu os estudos. Há 1 ano e meio, seu Amado decidiu que deveria continuar e retornou ao CEEJA, se dedicou bastante e na segunda-feira recebeu o diploma do segundo grau.

Agora que venceu mais uma etapa de aprendizado, seu Amado que é beneficiário do INSS por causa de uma doença no nervo ciático que o impede de trabalhar, almeja mais um desafio: “Pretendo, se tiver condições, fazer faculdade de fisioterapia”. 

Texto e fotos: Edmilson Rodrigues

          AMADO JOSÉ CARDOSO PAROU DE ESTUDAR AOS 19 ANOS E AGORA AOS 47 CONCLUIU O ENSINO MÉDIO