Correio Central
Voltar Notícia publicada em 25/10/2016

Lateral do Santos quer virar missionário

Victor Ferraz é filho de um casal de missionários evangélicos, foi criado na igreja desde criança e afirma que há 20 anos não fala palavrão, nem jogando futebol.

A imagem de jogadores apontando para o céu após fazer um gol ou agradecendo a Deus nas entrevistas quando sua equipe ganha já não são novidade no cenário esportivo brasileiro. Contudo, carregar o nome de evangélico fora das quatro linhas e viver uma vida coerente com a fé professada é algo raro.

No Santos há um jogador-pastor: Ricardo Oliveira. Jogando na lateral direita do time está  Victor Ferraz, que chamou atenção da mídia após o polêmico jogo contra o Internacional. Na ocasião, ele afirmou que não fala palavrões há mais de 20 anos.

“Quando você tem uma forma de viver bem focada, que você sabe o que quer para a sua vida, fora o costume de desde muito novo, meus pais me incentivando a nunca falar palavrão, ou ofender ninguém, é algo que se torna hábito”, esclarece.

Ele é filho de um casal de missionários e pretende seguir o exemplo dos pais depois que encerrar a carreira no futebol. Em entrevista ao UOL, ele diz que foi “criado” na igreja desde criança e afirma: “[Meus pais] são a minha principal inspiração junto com a minha esposa… desde pequeno me criaram dentro do evangelho, no caminho que deveria andar. Desde pequeno tenho esse temor ao Senhor, procurando aliar o profissional com o espiritual”.

Ainda sem definir ao certo seu futuro, tem convicção que se envolverá no trabalho religioso: “alguma coisa na Igreja eu vou fazer. Sempre estou trazendo a palavra, sim, se não é no Santos é fora. Vamos semeando a palavra, falando o que Deus tem feito na nossa vida”. Por causa de sua fé, sofre provocações dos colegas de elenco, mas nos momentos de dificuldade, lembram dele para pedir conselhos.

Natural da Paraíba, Vítor saiu de casa ao 11 anos para tentar a vida de jogador de futebol. Rodou por vários clubes, mas garante que sempre teve o acompanhamento dos pais.

“Eles conseguiram me acompanhar, fazer um discipulado. Mesmo distante eles conseguiam me dar uma cobertura espiritual muito grande. Sempre que chegava em um lugar procurava logo uma Igreja para que pudesse estar próximo à brasa”, lembra. Por Jarbas Aragão - Gospel Prime

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